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sexta-feira, 9 de abril de 2010

ENCAIXE TORTO

Não era para ser, macontece. Merda acontece toda hora.

É de se esperar que alguém que conquista poder faça o que quer. É o que a sociedade diz, não?
A questão é por que ficam todos abismados quando se noticia sobre um religioso de alta patente, católicamente falando, é acusado de abuso de menores? "Me lambe". Grosseiro, sim.
Temos para nós toda liberdade reprendida por aqueles que julgamos superiores e abordamos o termo "respeito", quando isso não passa de submissão e humilhação.
Esse abuso acontece com todos, todos os dias e em todos os lugares. Trabalho é o excelente exemplo, só não melhor do que a palavra "Brasília". O que diferencia a nossa aceitação é apenas o quão comum se é a situação. Ficamos surpresos pela novidade, mas não deveríamos ficar pelo acontecimento porque não classifica pior do que suportamos como costume. Preocupados deveríamos estar com o que fazer a respeito do que nos atinge, porque saberíamos falar sobre e que caminhos tomar.
Mas há certas peculiaridades que também pode nos caber.
Um rapaz entra numa lotação, com a mochila nas costas, não a tira (mesmo que todos saiba que é um questão ética automática tirá-la ao entrar no ônibus), e estaciona bem perto a uma moça que lê um livro, distraída do redor, a mochila fica bem próxima ao rosto da garota, e se espera a qualquer momento a colisão. Que vontade de chingar o cara, mas nada aconteceu, ele desceu da lotação e a garota nem percebeu a ridícula despreocupação do rapaz. Concluí que a sociedade se encaixa a esses que sustentam essa atitude, até o momento em que isso nos atinja diretamente. Mas remediar ou previnir? Vos digo, previnir remediando pois tudo já está corrompido.
E por outras vias já estamos aprendendo a nos estabelecer comuns a essa fotografia de que "quem não sabe que os religiosos não abusam de seus coroinhas?", afinal, não atinge a grande parte de nós. Mas a vida particular reclama e se decai. E ela é você. Era você que estava sendo fodido o tempo todo e é irrelevente ser direta ou indiretamente.
Aceite os impostos sobre a casa que é sua, o aluguel do governo nunca falha. Os pedágios nunca fecham. O ônibus nunca diminui o seu valor da passagem nem são suficiente para a demanda de pessoas, chegando sempre amassado, suado e atrasado. Quer que eu pare? Me dê uma moeda.

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Sobre o quê?

É com boas vindas que desejo uma leitura interessante.
Crio o blog em razão de publicar textos meus em relação a notícias ou destaques, em caráter opinativo e livre, porém prezando o respeito e apuração adequada para opinião dos fatos. De vez enquando alguma coisa sobre mim. Do tipo bem deprê. Acho que quando estiver feliz, não escreverei sobre mim. Não sou uma pessoa triste, mas há seus momentos, seus movimentos.
Sempre em busca de satisfação do leitor,

Diego Lourenço.